segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A arte da Colagem



Arte popular, arte aplicada, ou expressão artística, a colagem tem sido utilizada desde a antiguidade.
Os primeiros exemplos provêm do Japão através da arte caligráfica em que são famosas as tábuas-poema, os “poemas colados” em tiras verticais sobre uma superfície, datados do século XII.
A palavra colagem é a forma substantiva do verbo colar, derivado do latim “collare”. Curiosamente, algumas línguas latinas, como o castelhano, não dispõem desta expressão, sendo adoptada a palavra francesa “Collage”.
Sendo considerada uma técnica expressiva, com possibilidades ilimitadas, poderíamos definir a colagem como uma técnica plástica que utiliza materiais heterogéneos que, juntos ou sobrepostos, se colam a um suporte. Mas a colagem é mais do que isto…
É a Picasso e a Braque que se deve a adopção desta técnica particular com a inserção na pintura de diferentes tipos de materiais, como papéis decorados, jornal, madeira, oleado, plástico, tecido, areia, enfim, toda uma vasta gama de materiais.
Na altura em que o cubismo se encontrava em pleno desenvolvimento, na primavera de 1912, Picasso executou uma série de desenhos a carvão aos quais acrescentou outros materiais, como bocados de papel usados na decoração de paredes e pedaços de jornal. Além disso, introduziu nas suas pinturas números e palavras impressas.
A ideia de Picasso, de início considerada apenas divertida e corajosa, constitui na realidade uma verdadeira REVOLUÇÃO na pintura, e não só do ponto de vista técnico.
Com a nova técnica da colagem, Picasso rompeu a tradicional compostura da pintura a óleo, baseada no respeito pelos materiais clássicos da cor e do suporte, quebrando a regra, até aí intocável, que exigia para a realização dos quadros o uso exclusivo dos materiais tradicionais: as tintas a óleo e o suporte de tela.
A colagem tornava-se assim uma montagem de três dimensões, um objecto composto por variados materiais de uso diário, e mesmo de desperdícios, que assim expressava de uma forma directa a realidade e o quotidiano.
Estas técnicas representavam uma recolha importante face à concepção tradicional da obra de arte. Assim podemos afirmar que a colagem foi a expressão artística que rompeu com séculos de pintura tradicional, tornando-se o arquétipo de todas as vanguardas que fizeram o século XX e toda a arte moderna.


Por estes motivos, não é de estranhar que a generalidade de todos os artistas modernos e contemporâneos praticassem a colagem como meio de expressão, e é quase impossível realizar uma lista exaustiva.

Movimentos como o Dadaísmo (que se afirmava um movimento contra todos os movimentos), elegeram a colagem como principal meio de expressão, introduzindo nas suas criações a ironia, a provocação, o realismo e o niilismo.
Interessa aqui referir este curioso movimento que, não sendo uma escola nem tão pouco um estilo, mas sim uma filosofia, um estado de espírito, não constituindo por si um movimento homogéneo e onde as possibilidades de expressão não têm limites - “a cada artista Dada a sua maneira” - elege, como tal, a colagem como o principal veículo das suas ideias, caracterizando-se pela abstenção completa de sistema, denegrindo todo o sentido de senso e de todos os valores sociais e estéticos em vigor.
Marcel Duchamp declara que não é o saber fazer que cria a obra de arte mas a ideia, que a invenção do artista prima sobre a execução.
Em Portugal o movimento apelidado de Modernismo, que engloba ideias futuristas e cubistas, tem os seus representantes e autores de colagens. No nº. 2 da revista Orpheu são publicadas colagens de Santa-Rita Pintor, uma delas datando de 1912. Também Amadeu Souza Cardoso vindo, de Paris em 1914, produz trabalhos de grande qualidade expressiva onde incorpora técnicas de colagem, estando perfeitamente alinhado com as vanguardas, sendo mesmo considerado um Proto-dadaísta.
Ao longo do século XX muitos dos autores criadores e artistas portugueses praticaram a arte da colagem, bem merecendo um estudo mais aprofundado e detalhado.

“Desenhar com a tesoura, recortar as cores vivas, lembra-me o trabalho directo dos escultores… uma tesoura é um instrumento maravilhoso e o papel que uso para os meus recortes é magnífico… trabalhar com a tesoura neste papel é uma ocupação na qual me posso perder… o meu prazer pelo recorte aumenta a cada dia que passa! Por que é que não pensei nisto antes? Cada vez me convenço mais de que com um simples recorte se pode expressar as mesmas coisas do que com o desenho e a pintura…”. Henry Matisse em “ Escritos e Pensamentos sobre a Arte”


(Armando Brás)


Natália

Atualidade: Operação da PM do Rio de janeiro provoca muitos estragos


Chega a 34 o número de mortos no Rio de Janeiro em operações coordenadas pela Polícia Militar entre segunda-feira (22) e esta sexta-feira (26). A informação é do coronel Lima Castro, relações públicas da PM fluminense, em entrevista à Rádio CBN (ouça). Em um balanço divulgado também nesta tarde, a PM havia contabilizado dois suspeitos presos e outros dois feridos, além de quatro armas, oito coquetéis molotov e uma garrafa de gasolina apreendidas.

(Correção: ao ser publicada, esta reportagem informou que o número de mortes divulgado pelo oficial da PM era 32. Na verdade, ele falou em 34 mortos. O número foi corrigido às 19h04.)

A Secretaria Estadual de Saúde também soltou balanço sobre o número de feridos que deram entrada de quarta-feira (24) até as 16h50 desta sexta-feira (26) no Hospital Getúlio Vargas. O hospital, que fica na Penha, Zona Norte do Rio, recebeu 33 feridos nesse período, sendo que seis morreram e seis permaneciam internados na unidade até o fim desta tarde. A secretaria não especifica o número de moradores e criminosos feridos nos conflitos.

O hospital fica perto das principais áreas de conflito na cidade, a Vila Cruzeiro e Conjunto de Favelas do Alemão. Só nesta sexta, segundo a secretaria, duas pessoas chegaram mortas ao Getúlio Vargas e outras três ficaram feridas, sendo que duas foram liberadas e apenas uma permanece internada em observação.
A megaoperação da polícia no Rio de Janeiro, que teve início com a onda de ataques criminosos no domingo (21), conta com 21 mil agentes, de acordo com o coronel Lima Castro, relações públicas da Polícia Militar.

De acordo com o coronel Lima Castro, relações públicas da PM, desde domingo foram registrados 96 veículos incendiados, 48 armas, 8 granadas apreendidas, além de grande quantidade de drogas e material inflamável. Além disso, a PM informou que, até esta tarde, o número de presos era de 196.

Natália

Fotografia e Arte contemporânea


Com artistas novos a surgirem todos os dias, a sairem das escolas de arte, a sua capacidade de afirmação passa pela surpresa e novidade. Surgem novas abordagens à fotografia e com elas é natural que surjam resistências. Como em qualquer arte, torna-se necessário distinguir entre aquilo que é verdadeiramente arte e o que é apenas um aproveitamento sem consistência nem consequência. Num mercado em constante mutação e que cria modas a uma velocidade vertiginosa é necessário ter em atenção a máxima de um gestor de fundos de investimentos alemão: “às vezes torna-se difícil distinguir o génio que teve azar do idiota que teve sorte”. Muitas vezes aquilo que trespassa nas exposições é a falta de alma, de entrega (independentemente de gostarmos ou não do resultado) e, consequentemente, as fotografias parecem ser feitas todas pelo mesmo fotógrafo. A aposta em linguagens contemporâneas está a ser feita em detrimento de linguagens mais clássicas, sem equilíbrio nem escolha que não seja apenas a de mostrar aquilo que está em voga.
A alternativa pode muito bem ser a adopção de abordagens novas a linguagens clássicas. Um exemplo: Jonas Bendiksen. Com apenas 29 anos, Jonas Bendiksen é o mais jovem fotógrafo da agência Magnum Photos e tem livro editado pela Aperture. Ao ver o seu livro é impossível deixar de reparar que a sua abordagem à foto-reportagem é tudo menos tradicional, é inovadora e que existe ali um “olhar” e empenhamento que transcende o habitual. O que ali está estampado é o resultado de cinco anos de viagens pelas franjas mais esquecidas do antigo império soviético, em condições precárias e sem concessões nem facilitismos. Isto aos 20 anos de idade…

Como disse Charlotte Cotton, na introdução do seu livro “The photography as contemporary art” (Thames&Hudson, 2004): “Do uso conceptual de instantâneos banais e sem arte até às construções cuidadosas de Jeff Wall, este poderá ser o reflexo abrangente da maneira como os artistas actuais se ligam com a fotografia para fazer arte”. Ora esta afirmação levanta, no meu entender, duas questões: se será necessário ser fotógrafo para fazer fotografia e se o uso de fotografias banais por um artista as transforma em obras de arte.
Se entendermos como fotógrafo quem tira fotografias então temos que responder que sim, independentemente da finalidade com que o faz, por outro lado se entendermos que fotógrafo aquele que tira fotografias com a finalidade de se expressar através da fotografia, então isto exclui todos que usam a fotografia como suporte, seja para colar numa tela ou usar numa instalação, para ilustrar uma performance ou para colocar no álbum de familia.
O uso de fotografias banais, instantâneos sem técnica, pode transformar as mesmas em obras de arte mas certamente não como arte fotográfica, e esta técnica de descontextualização das peças usadas numa obra é utilizada por artistas como Damien Hirst que, por exemplo, utiliza os mais diversos materiais para fazer obras de arte. Recentemente a sua peça The Physical Impossibility Of Death In the Mind Of Someone Living (um tubarão dentro de um aquário cheio de um líquido de conservação) foi vendida por uns espantosos 8,3 milhões de dólares. Ainda ninguém disse que o tubarão era uma obra de arte per si…

É o olhar do fotógrafo que transforma uma fotografia numa obra de arte e não a sua utilização; será talvez por isso que as fotografias de Ansel Adams, feitas à 50 anos, têm ainda hoje uma força incrível que lhes advém da entrega nelas colocada pelo seu autor. Ansel Adams foi sempre conhecido pelo seu virtuosismo técnico mas também pelo seu rigor e dedicação, para ele uma fotografia era algo único e que deveria retratar toda a alma de um local. Nunca poupou esforços para procurar o melhor ângulo e a melhor luz, e se por alguma razão ele sentia que não conseguiria fazer a fotografia que levava na ideia, voltava noutro dia. A mensagem que passa da “leitura” da sua obra é que não basta o talento, é preciso trabalhá-lo. E muito, completaria eu.

Quando nasceu a fotografia a pintura pode finalmente libertar-se dos contragimentos inerentes ao retrato fiel da realidade e pode avançar até à mais pura abstracção. Hoje convivem, nas galerias e nos museus, artistas clássicos e contemporâneos. Uns sem os outros são apenas artistas sem passado ou futuro, deslocados, sem contexto e sem referências.

Arte da holografia



A área da Arte Visual e Design é extremamente ampla. Abrange qualquer forma de representação visual, ou seja, cor e forma. Outras formas visuais dramáticas costumam ser incluídas em outras categorias, como teatro, música ou ópera, apesar de não existir fronteira rígida. É o caso da arte corporal e da arte interativa ou mesmo do Cinema e do Vídeo-arte, inter alia.

As artes que normalmente lidam com a visão como o seu meio principal de apreciação costumam ser chamadas de artes visuais. Consideram-se artes visuais as seguintes: pintura, desenho, gravura,fotografia e cinema. Além dessas, são consideradas ainda como artes visuais: a escultura, a instalação, a arquitetura, a novela, o web design, a moda, a decoração e o paisagismo.

No Brasil, existe o curso de nível superior em Artes Visuais, o qual oferece ao estudante a possibilidade de se aprofundar em várias áreas de estudo estético e experimentar as variadas formas de expressão visual, sobretudo desenho e vídeo, bem como a formação histórica.

A holografia é usada dentro da pesquisa científica no estudo de materiais, desenvolvimento de instrumentos ópticos, criação de redes de difracção entre outras. Na área da indústria tem aplicações no controle de qualidade de materiais, armazenamento de informação e na segurança (vide textos abaixo). A holografia também é utilizada na área da comunicação como um "display" de alto impacto visual comercialmente usado como elemento promocional em pontos-de-venda, standes, museus, exposições, etc.

Já nas artes visuais diversos artistas trabalham a holografia como uma forma de expressão.

Os pioneiros da holografia no Brasil foram o Prof. José Lunazzi, da UNICAMP, Moysés Baumstein e Fernando Catta-Preta. Baumstein produziu mais de 200 hologramas comerciais para empresas, instituições e agências de promoção, além de inúmeras holografias artísticas.

Artes visuais e o mercado de trabalho

A área da Arte Visual e Design é extremamente ampla. Abrange qualquer forma de representação visual, ou seja, cor e forma. Outras formas visuais dramáticas costumam ser incluídas em outras categorias, como teatro, música ou ópera, apesar de não existir fronteira rígida. É o caso da arte corporal e da arte interativa ou mesmo do Cinema e do Vídeo-arte, inter alia.

As artes que normalmente lidam com a visão como o seu meio principal de apreciação costumam ser chamadas de artes visuais. Consideram-se artes visuais as seguintes: pintura, desenho, gravura,fotografia e cinema. Além dessas, são consideradas ainda como artes visuais: a escultura, a instalação, a arquitetura, a novela, o web design, a moda, a decoração e o paisagismo.

No Brasil, existe o curso de nível superior em Artes Visuais, o qual oferece ao estudante a possibilidade de se aprofundar em várias áreas de estudo estético e experimentar as variadas formas de expressão visual, sobretudo desenho e vídeo, bem como a formação histórica.

Natália

O espaço público e a arte

Hoje produzimos conhecimento sobre arte, construímos escolas de arte e nos organizamos em grupos, dentro das mais diversas comunidades deste país. Todo esse processo significa que existe um conhecimento acumulado, uma série de práticas, conceitos e visões acerca de determinadas produções artísticas que cuidamos em transmitir para os alunos. Ao mesmo tempo, é curioso notar que aquilo que mais interessa na arte é exatamente o que de incerteza, de estranhamento, ela pode nos oferecer. No campo da arte, isso não só é natural como é o motor e é perigosíssimo que não seja encarado desse modo!

Como professor, o tempo todo procuro transmitir ao aluno que a formulação que estou fazendo é uma formulação e não é a formulação. É preciso, portanto, sempre deixar espaço para a outra leitura, aquela leitura que eu não possuo. É preciso esclarecer também que em toda a produção artística, em qualquer objeto produzido pelo homem, há sempre uma certa historicidade contida. É necessário que o aluno saiba dessa genealogia, do campo de referências, quando fala, comenta ou julga alguma coisa nós comentamos, julgamos e falamos em algum lugar teórico. Isso, dito de uma outra maneira, nada mais é do que aqueles dois versos do Fernando Pessoa: "O que em mim sente está pensando" e "Não sou eu quem descrevo, eu sou a tela e oculta mão colore alguém em mim". Essa idéia é absolutamente fundamental para os nossos alunos.

Isto posto, quero relatar uma experiência para chegar à questão do espaço público e sua relação com a arte contemporânea. Na Documenta de Kassel, em 1992, havia uma obra de Anish Kapoor que estava chamando muito a atenção do público. Naquela altura, Kapoor era um artista de 36 anos que, dois anos antes, havia sido o representante oficial da Grã-Bretanha na Bienal de Veneza, e que praticamente estreou na Bienal de São Paulo, em 81, passando a fazer uma carreira fulgurante.

A obra estava na praça em frente ao prédio onde acontecia a Documenta e as pessoas enfrentavam uma fila de uma hora e meia para entrar. O trabalho era um grande cubo branco, de 6x6x6 aproximadamente, que tinha uma porta. Quando estava quase na minha vez, saiu um sujeito lá de dentro bradando a sua indignação: "Uma hora e meia para ficar vendo um tapete redondo no chão!" E eu fiquei pensando: mais um que a arte contemporânea perde... Na verdade, a arte contemporânea convida as pessoas e as rechaça, porque elas pensam que se trata de uma relação amigável, enquanto ela definitivamente não é...

Finalmente, entrei com um grupo de 8 a 10 pessoas naquele espaço tomado por uma penumbra muito intensa. A iluminação era zenital e escorria lateralmente, como se o teto não se encontrasse com a parede, e ficasse um fio de luz nos quatro lados. A luz era insuficiente e, em pleno dia, você retomava aquela sensação curiosa da penumbra, de estar num lugar muito escuro e ficar tateando visualmente o ambiente. O olho não encontra nenhuma escora, não consegue encontrar o limite, então você se dá conta de que o espaço também é uma invenção da luz. O espaço vai variando na medida em que o corpo vai se arremessando para fora de si, vai conhecendo cada vez mais a extensão do espaço e o olho é que abre alas.

Havia uma pessoa lá dentro cuidando para que você se organizasse em círculo, em torno de algo que estava no centro, e que era mais escuro do que a própria escuridão do ambiente: o tal tapete circular. Num primeiro momento, esse tapete não funcionava como tapete. Tudo era muito escuro e aquilo que vinha do chão tinha uma escuridão ainda mais intensa. E uma escuridão dentro da escuridão, como sabemos, funciona quase como algo que pulsa. Lembro sempre do escritor Joseph Konrad, no livro Coração das Trevas, quando ele descreve que "as sombras se moviam dentro da noite". As sombras eram os estivadores negros. É essa a idéia de alguma coisa escura que se movimenta dentro da escuridão.

Voltando ao Kapoor, nós olhávamos para o chão com uma certa cautela porque não sabíamos o que era aquilo, até que chegava um momento em que reconhecíamos o espaço e nos localizávamos. Então o que estava no chão ficava como que pulsando, como uma anêmona. Em seguida, à medida que seu olho ia se acostumando, aquilo se acomodava como se fosse um tapete. O Kapoor usa pigmento em pó, que confere uma qualidade, uma textura aveludada diferente de uma superfície espelhada, reflexiva, em que o olho desliza. Com isso, ele ratificava a idéia de que o olho tem tato. Num segundo momento, quando aquele tapete começava a se acomodar, a se transformar em tapete, você se acomodava e se debruçava sobre o trabalho, e era quase que sugado para dentro dele. Então vinha o último detalhe: não era um tapete, era um buraco dentro do chão.

Saí dali e aquele trabalho ficou me incomodando. Mas é para isso que serve a arte, é para incomodar mesmo. Esse é o papel da arte, ela nos coloca frente a determinadas coisas que já conhecemos mas que, por seu intermédio, revemos e reconhecemos.

Nós, que somos da área de artes, muitas vezes ficamos apreensivos com nossa insegurança diante de certos trabalhos artísticos, de nossa profunda ignorância diante deles. O pior é que, como somos identificados como aqueles que sabem, sempre corremos o risco de alguém nos perguntar: "O que isso quer dizer?" Não pergunte isso para mim, porque eu não sei rigorosamente o que responder na hora. Ainda mais quando se está num evento como a Documenta de Kassel, ou a Bienal de São Paulo, que são verdadeiros hipermercados de problemas. Você tem 700 problemas colocados em cada esquina, cada um deles é uma equação de quatro incógnitas.

A estatuária, até Rodin pelo menos, trabalha com a noção de que a escultura, antes de ser um corpo tridimensional, é alguma coisa que faz referência a algo fora dela. Ela é uma mensagem, uma evocação, uma lembrança mitificada, engrandecida. Nós vemos que grande parte da produção moderna e contemporânea foi exatamente a arte chamando a si sua importância enquanto tal, enquanto corpo, materialidade, cor, gesto, vontade de formalização e discurso, e não tanto como uma metáfora, algo que fale de outra coisa. Portanto, o assunto é muito mais importante do que a forma com que está sendo tratado. Nós sabemos que Brancusi foi o primeiro a se digladiar com esse problema, até que chegamos num possível outro extremo com Kapoor. Porque ele faz uma escultura que é só a base. Aquilo que temos na praça é só um pedestal. Isso serve para pensarmos a posição da arte dentro da sociedade, dentro da cidade contemporânea. Você tem um pedestal e ele está vazio, já não simboliza nada, não significa nada. No caso de Kapoor, a arte não é alguma coisa ostensivamente visível, com a qual você tem uma relação de exterioridade. Ele nos coloca dentro da obra. E como se não bastasse, existe um buraco que está dentro do chão e cujo movimento é negativo. Você não tem como saber até onde aquilo vai. A propósito, o nome da escultura é "Descendo para o limbo"...

A arte, portanto, não é algo que se oferece mas é uma potência. E uma sensação que não se conclui nos sentidos. Só os sentidos não dão conta. Eu fui ter a dimensão do buraco da obra de Kapoor quando comprei o catálogo da exposição, que mostrava um corte do trabalho, uma perspectiva axionométrica pela qual você ficava sabendo que o tal buraco era uma esfera perfeita, cavada no chão. Era como se fosse a tampa de uma laranja que foi cortada e você estava ali em cima, vendo o buraco de dentro. O interessante é que o desenho do objeto é o projeto do objeto. Quem garante que o artista tenha se dado ao trabalho de fazer uma esfera? Mas isso é totalmente irrelevante. O trabalho acontecia num segundo plano, num segundo momento e por um outro meio.

Um outro trabalho artístico que eu gostaria de comentar é do Auggie Wren, personagem criado por Paul Auster e interpretado por Harvey Keitel no filme Cortina de Fumaça. Um detalhe no filme me interessou em particular, por essa relação da arte com o cotidiano da cidade. O Auggie é gerente de uma tabacaria que fica numa esquina do Brooklyn, em Nova York, e que tem entre seu público consumidor um escritor, interpretado por William Hurt. O escritor fica amigo do Auggie, se aproxima dele, até que um dia eles estão na casa do Auggie e ele resolve mostrar o trabalho fotográfico que realiza. É muito interessante essa passagem porque o trabalho consiste no seguinte: todo o dia, às 8 horas da manhã, há muitos anos, ele coloca a câmera fotográfica exatamente no mesmo lugar, na mesma posição, e bate uma foto. 0 William Hurt fica olhando o livro de fotografias, diz que está achando interessante, e vai virando, virando, virando as páginas. Então o Auggie diz: "Mais devagar, você não está olhando". E o escritor responde: "Mas é tudo igual". E o fotógrafo insiste: "Não. Não é tudo igual, olhe com atenção." Só então o escritor observa as nuances, à medida que vai desacelerando o olho e começando a perceber luzes diferentes, nas diferentes épocas do ano. Ele vai vendo as pessoas, até que vê a própria mulher que foi assassinada. Aquilo é surpreendente e ele não se controla e começa a chorar. Esse momento é muito tocante, muito forte essa surpresa de que aquilo que interessa é o detalhe, desde que você esteja atento.

Faço uma relação disso com os trabalhos dos Situacionistas, aquele grupo de artistas que gostavam de visitar cidades que não conheciam, em grupos, armados de máquinas e gravadores e tudo mais que pudessem usar para captar o que é a cidade. Eles encaravam a própria cidade como alguma coisa disforme, espetacular, onde as coisas acontecem a cada minuto, a cada segundo.

O problema é que, quando estamos na cidade, nós temos objetivos. Vamos de um ponto ao outro e não percebemos o que há no meio do caminho. Essa é a diferença da arte com relação ao resto, assim como da dança para a caminhada. Você caminha com o objetivo de chegar a determinado ponto, enquanto que, na dança, é o corpo por ele só, com tudo o que pode oferecer. É uma certa ociosidade. É você redescobrir o próprio corpo. Gosto de citar o Millôr Fernandes quando ele diz que "o jogo de xadrez é fundamental para desenvolver a nossa capacidade de jogar xadrez". É esse livre pensar. É esse saber desinteressado. É essa capacidade de se abstrair, de você focar a atenção numa coisa que se resolve ali mesmo. Não tem aquela razão pragmática de quem contempla o mundo com a intenção de buscar algo que está além dele.

Num texto clássico de Ítalo Calvino, As cidades invisíveis, Kublai Khan, o imperador mongól que tinha um império tão vasto que ele próprio não conhecia, nomeava os embaixadores para atuarem como seus olhos. Eles estavam em diversas cidades que compunham o império e voltavam para a corte para contar ao Kublai como eram aquelas cidades. Marco Pólo era o embaixador preferido porque suas cidades eram as melhores. Mas que cidades? As cidades que ele visitava, ou que ele inventava no seu discurso? Porque tudo aquilo era invenção. Então cada cidade era realmente espantosa. Em determinado momento, Kublai Khan vira-se para Marco Pólo e fala que ele está blefando. Esse é, talvez, um dos melhores momentos do livro, em que ele diz que Marco Pólo não pode conhecer tantas cidades assim. Ele acha que Marco Pólo nem sai da cidade e, de tempos em tempos, encontra com o Kublai e fala dessas cidades que, na verdade, seriam uma mesma cidade, vista por ângulos diferentes. A única cidade que o Marco Pólo efetivamente conhecia. A hipótese, ou acusação do Kublai, é muito possível, porque, afinal, quantas cidades cabem dentro de uma cidade?

Isso me lembra aquela poesia do Jorge Luis Borges em que ele diz que Buenos Aires é "a cidade que eu não conheço, que você não conhece; são as ruas que nós não atravessamos, são os outros caminhos possíveis." Então são mesmo muitas as cidades que cabem dentro de uma mesma e única cidade. Essa é a hipótese do Kublai Khan, e a resposta do Marco Pólo é igualmente extraordinária: "Mas você há de convir, ó poderoso Kublai, que uma coisa é a cidade e outra é o discurso que a descreve, mas entre ambas existe uma relação". Quer dizer, o discurso que a descreve não se confunde com o objeto, tem relação com o objeto, mas não é objeto. Nós vivemos nos esquecendo disso. A rigor, um texto como esse do Ítalo Calvino só pode ser pensado dentro dos marcos da modernidade. É na modernidade que você tem, mais do que nunca, a consciência de que aquilo que se está fazendo é uma aventura de linguagem. Então é essa força que a palavra tem, ou que uma boa tela pode ter, ou que uma boa escultura pode ter. É disso que nós estamos falando, dessa capacidade que o homem tem de apresentar coisas, de colocá-las para os outros homens e para si próprio. E de se extasiar diante disso.
Eu estou lecionando na Universidade, em São Carlos, por exemplo, e toda a informação que eu tenho é de segunda mão. Tudo o que eu tenho é informação impressa, no melhor dos casos. E, no entanto, os europeus se acostumaram a dizer, exatamente para afirmar a nossa impotência, que nós só poderíamos criar diante dos museus, diante da obra ao vivo. Então como é que nós fazemos, se nossos museus são capengas, se nossa produção não tem tanta importância? Tanta importância com relação a que? O que se está discutindo em produção artística? É diante desses problemas que nós nos movemos.

O que estou querendo dizer é que nós esquecemos, por exemplo, que por volta dos anos 10 Marcel Duchamp faz uma crítica de uma iconoclastia total. O que ele mostra, e que o Joseph Beuys tempos depois mostra também, é que todos nós somos artistas, que a arte não está na capacidade de construir um objeto com certo virtuosismo, mas sim na capacidade de recuperar o mundo pela importância que você dá a ele. Se nós ficarmos achando que não somos capazes de fazer arte porque não temos um Klee na nossa cidade, nós estaremos perdidos.

Eu quero chamar a atenção que existem outros modos de referência, outras formas de se pensar a arte, de perceber essa infinita e variada matéria que há no detalhe, como nos mostra o cineasta que fez o filme do Auggie Wren.

Uma das piores falsas questões que se colocou neste país diz respeito ao que é regional, nacional ou internacional. Toda a grande arte é regional, em última análise, porque de onde é que o artista vai falar, se não do seu próprio lugar? E o seu lugar pode ser Itirapina, desde que ele olhe para lá, porque Itirapina está no mundo. Também é preciso entender que aquilo que é inventado na Europa, ou na Índia, não pertence à Índia ou à Europa, pertence ao mundo, porque o nosso mundo é o universo, em primeiro lugar.

O que importa é despertar o aluno para essa riqueza que o mundo tem e para a riqueza que pode ter a relação dele com o mundo. Nesse sentido, a cidade é o maior exercício que nós temos. Na cidade há uma proliferação de matérias. É uma memória ao mesmo tempo individual e coletiva porque os espaços falam de nós.

Quero encerrar com uma passagem de Guimarães Rosa, da qual eu gosto muito. Miguilin é uma novela inteira muito sonora, auditiva. Ao final, Miguilin está na estrada quando vêm dois homens a cavalo na verdade um só, que pergunta algumas coisas. E pergunta também porque o Miguilin está com o olho tão apertado: "Você não está bem da vista?" Miguilin não sabe. Daí o sujeito tira os óculos e coloca no Miguilin, e então ele começa a ver tudo: as cores, o telha da terra, o arame dos insetos, os vidros claros da manhã. Ao mesmo tempo, este homem que dá a visão a ele, esse homem que tudo pode, vai levá-lo a uma outra cidade. E ele pergunta: "Mãe, é o mar?" E daí ele fala uma coisa sensacional: "Mãe, porque que acontece tudo?"

A arte é, talvez, a última possibilidade deste mundo tão opaco. E está rigorosamente nas mãos de quem trabalha com educação fazer com que as pessoas que estão se formando percebam a infinidade de coisas que compõem o mundo. Entendê-lo como sendo um elenco de imagens gloriosas que a nossa expressão produziu é pouco. O mundo é mais do que isso. Se não tivermos um arremedo, uma cópia xerográfica em preto e branco já é suficiente. Se tivermos o quadro, melhor, perfeito, maravilhoso, mas um xerox já serve. Temos que conjugar esse esforço com uma visita àquilo que é próximo, deixando aflorar elementos como a evocação, a imaginação, a nostalgia, a memória. Assim, quando você pedir para o aluno que ele olhe para o mundo, para que escolha um fragmento daquilo que interessa da sua cidade e eleja, ele vai eleger alguma coisa. Ele vai se escolher. Ele vai se reencontrar no mundo.

Retirado de um artigo de Agnaldo Farias

-Natália Novaes

Da Arte contemporânea




Há uma situação imperdoável quanto ao critério que, via de regra, serve para “atestar” a contemporaneidade da arte. Critério que já dispensa endosso técnico, pois se incorporou feito possessão no espírito que anima os “circuitos oficiais” da arte. Todavia, sejamos benevolentes, ou melhor ainda, amorosos, porque não há nada que seja passível da necessidade de perdão na esfera das expressões espontâneas que se materializam na cultura e nada que se eleve mais do que o amor.

Mas a vista, independentemente do que se pode ou não perdoar ou do que se deveria considerar ou não passível de critério, vê! E aos olhos tudo é um dizer. E nada se interpõe ao seu escrutínio... ou não?

Aí está a questão! Que aqui insurge como o levante da alma em seu desassossego, e deste grito que rompe o silêncio nefando da indiferença à diferença, VÊ-SE o som dilacerante a revelar sua necessidade de ser: EU SOU!

A ingenuidade da afirmação chega a fazer sorrir os que ainda sentem que há algo de vivo a correr por suas entranhas, mas sei que não alcançará os que já ultrapassaram a verdade, deixando-a subsumida aos ditames da ilusão de que há de fato o que se enuncia como “contemporâneo”.

Quem é e quem não é contemporâneo hoje?

Será esta uma nova forma de se interpelar as profundidades do ser ou este é o sepulcro daquilo que se deseja matar de uma vez por todas: a imortalidade. De onde emana a profecia que nasce para decretar a morte da arte, ao menos na história, senão da visão da própria morte da noção de imortalidade?

Sejamos mais uma vez condescendentes para os que ainda buscam o fio da meada, para os que tentam se agarrar ao nexo fixo do argumento misturado ao cal e a pedra, no gênero e na categoria do que aqui se diz...pois que estes sempre são os que precisam mais do que qualquer outro do que se diz sobre o imperdoável.

Iniciemos por uma questão bem sucinta: o que é ser contemporâneo?

Diria talvez o dicionário que é aquele que vive a um só tempo com outros, ou que ainda, que partilha dos símbolos e motivos que este tempo imprime nos espíritos. Enfim...tudo o que possa remeter à coexistência temporal.

E o que se poderia dizer então, quando transpomos tais pressupostos para quebrarmos a barreira da normalidade, e tais como juízes que somos por natureza, invadíssemos de súbito o estranho universo que motiva a criação artística?

Subsistiria o tempo dos que sofrem, dos que são felizes, dos que não sabem que há a contemporaneidade ou dos que não se vêem senão como seres integrados a tudo que o dia a dia expõe como o imperativo categórico, sejam os pós modernos ou os do terceiro milênio?

Ora, diríamos que os que estão afinados exatamente com o que é o senso comum, ao que move o espírito da maioria, ao que remete ao símbolo comunitário inequívoco deste tempo, e ainda, ao que se serve de propriedades da matéria plástica que é filha deste tempo – a borracha, o vinil, os estirenos, as espumas, os metais efêmeros, os acetatos, os raios layser, os imãs e toda radiação, e finalmente toda sorte de escombros e refugos reciclados intermináveis – é por excelência um artista contemporâneo.

Dito desse modo, a priori, tal manifestação artística já se enquadraria numa categoria segura, e serviria de suporte à etiqueta e ao verbete num dicionário anual de artes contemporâneas. E, conseqüentemente, toda expressão do espírito que se serve da matéria que serviu a outros tempos, o óleo e a tela, o barro, o cinzel e o bronze ou o mármore, já se destinam de antemão ao limbo que abriga as almas penadas dos desencarnados.

Mas o que dizer de um anuário de artes contemporâneas que já está no seu quarto ou quinto ano e que se apresenta como uma publicação regular, que se consolida ano após ano e que visa a secularização?

Será que a arte ali representada será sempre contemporânea porque o critério que julga aquilo que se publica é suficiente para atualizar os gêneros e garantir o que caracteriza o “novo”, de modo a impedir a contradição da mera repetição anual do que se produz? Mas não seria o caso de abolir então a temporalidade que exclui a diferença tanto mais distante está do momento que se cunhou a definição do que é ser contemporâneo inadvertidamente?

Questão que pode igualmente provocar risos nos que riam a pouco quanto ao desejo da alma querer ser, mas que, ao avesso, ultrapassada a barreira do status quo, fere a dignidade dos que ainda sentem a necessidade de ser dignos.

E afinal, o que é ser contemporâneo então???????????

Que artigo é esse?

Que há de se querer ser mais do que já se é, eu diria.

Ser mais do que contemporâneo?

Deus...que arte de querer é essa que irrompe neste tempo?

Contemporânea até quando?

Quantos são os tempos para que num dado momento da história da arte se possa congelar um período, distinguindo-o dos demais para encaixotar nele o que se manifestou pela ânsia insana do artista?

Quem se responsabiliza pela insanidade do artista e reconhece nele e na sua obra o fio de um nexo identitário temporal, quando é sob um temporal, de furacões de emoções e de lembranças intemporais do que em sua criação pode nunca ter sido verdade um dia, e que ele, indiferente a isso e crente apenas em si, assina e imortaliza como obra num anuário feito sua imagem e semelhança?!!!!!!!!!!!!

Finalizemos sóbrios como se deseja sempre, preservando a integridade do léxico que se avulta no horizonte competente das autoridades.

Minha tese é a seguinte meu caro amigo: não há contemporaneidade, há no máximo a multitemporalidade, ainda assim, considerando a limitação temporal um requisito para nortear o discurso racional, pois ouso aqui dizer que o tempo não existe sem nosso desespero de quantificar a natureza.

Há estações, parece que dizemos que são quatro, se bem que de um tempo para cá elas não andam tão bem definidas. Há a rotação da Terra, se bem que dizem os contadores do tempo que houve uma aceleração. Há também o ano, mas ele está vinculado a isto que alterou a rotação do planeta...bem...mas deixemos isto apenas como a provocação de um conspirador ignorante.

Pensemos só sobre o que nos é mais familiar pensar: o homem.

Tantos são os homens, que é em vão o desejo de conhecer a todos, pois que nunca se saberá o que ele é, justamente por isso: o homem “é”, ele não deixa de ser “nunca”, daí a impossibilidade de afirmar que ele “é isto” com base na nossa experiência dele “ter sido isto”!

Pensemos então apenas na arte contemporânea.

Do mesmo modo, é de uma crueldade estúpida o exercício do poder que se auto outorga a condição legítima de delimitar períodos fixos, e embalsamar viva a manifestação livre do espírito que se apresenta exuberante aos olhos dos que caminham livres por esta Terra, pois ela não possui donos, não possui idiomas, nem um só destino preferível.

Texto de Mauro Andriole

Natália

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Biscuit

Biscuit ou Porcelana Fria é conhecido como arte de modelar utilizando um tipo de massa a partir da mistura de amido de milho, cola branca para porcelana fria, limão ou vinagre e vaselina. Este tipo de massa também é conhecida como porcelana fria, pois não precisa ser cozida em forno e seca em contato com o ar.
O biscuit é uma massa de fácil modelagem manual, aceitando tingimento e pintura com diversos tipos de tintas e corantes.
Modos de Preparo
Estes são os modos de preparo da massa
Ingredientes
• 02 xícaras de chá de cola branca própria para porcelana fria (biscuit)
• 02 xícaras de chá de amido de milho
• 02 colheres de sopa de vaselina líquida
• 01 colher de sopa de caldo de limão ou vinagre
• 01 colher de sopa de creme hidratante sem silicone, que será utilizada para sovar a massa após o cozimento
Modo de preparo no forno de microondas
Dependendo da potência do seu microondas o tempo de cozimento pode variar entre 1 min e 30 segundos até 10 minutos. Faça um teste na primeira vez que cozinhar a massa, tirando a massa e mexendo a cada trinta segundos, para que ela não passe do ponto.
Misture todos os ingredientes, leve ao microondas por 3 minutos (em média) na potência máxima e mexa a cada 1 minuto.
Modo de preparo no fogão
Misture todos os ingredientes mexendo com uma colher de pau (específica para fazer a massa - não misture com o restante da louça) até desprender do fundo da panela (antiaderente) sem estar totalmente ressecada, isto é, com um pouco de cola mole. Para quem já fez massa de coxinha (salgadinho) o ponto é o mesmo.
Sovando a massa
Após o cozimento, espalhe o creme nas mãos e em uma superfície lisa e fria (pia da cozinha por exemplo ou bancada de mármore) e sove como massa de pão. Cuidado com o calor da massa para não queimar as mãos.
Dicas
A massa tem que ser sovada enquanto está quente, para ficar macia e elástica. Depois de sovada (a massa já estará morna) guarde-a em um saco plástico limpo, livre de poeiras e gorduras. Deixe a massa descansar por um dia. Retire a massa do saco plástico, seque-a e guarde em um novo saco plástico. Depois é só tingir com a cor desejada e modelar a vontade. Também pode ser modelada com a massa natural (essa que acabou de ser explicada) e ser pintada depois de seca com tinta látex, acrílica e também tinta a óleo. Estas mesmas tintas podem ser usadas para tingir a massa.
Outra opção para armazenar a massa é utilizando potes de plástico. O procedimento é praticamente o mesmo acima, só trocando o saco plástico pelos potes.
TINGINDO A MASSA DE BISCUIT:
Para tingir a massa, a tinta para tecido é a mais usada. Usam também tinta a óleo, porém essa contém metais pesados em sua fórmula e pode fazer mal a sua saúde caso usado com freqüência. Uso também pigmento corante líquido encontrado em qualquer casa de tintas para fazer cores básicas mais vivas. Existem outras opções, mas não convêm falar todas aqui. Para tingir, misture um pouco de tinta a massa e sove até chegar à cor desejada, lembre sempre que a massa escurece até 3 vezes quando ela seca, então não coloque muita tinta, pois trabalhos com muita tinta costumam rachar. Hoje em dia, algumas empresas disponibilizam também corantes especiais para biscuit em pó, vale a pena testar.
CONSERVANDO A MASSA DE BISCUIT:
Para guardar sua massa, coloque em um saco plástico e retire TODO o ar de dentro, guarde em um pote fechado, potes escuros ajudam ainda mais a conservar a massa, pois não deixa a luz entrar.

Guilherme

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

UNHAS DECORADAS .




A variedade de enfeites e decorações para as unhas cresce a cada dia. O que antes se fazia uma pequena flor no cantinho da unha, hoje se faz quase uma obra de arte. Na verdade, decorar as unhas é uma arte.
A maioria das manicures fazem este tipo de trabalho e se aperfeiçoam a prática de unhas desenhadas com cursos onde aprendem passo a passo a arte de desenhos nas unhas e já conseguem agradar as clientes mais exigentes.

Até as crianças não ficam fora dessa !

As mães sempre que vão à manicure na maioria das vezes elas fazem desenhos nas unhas , e isso chama a atenção das crianças e elas querem fazer igual. E ai elas também começam a decorar suas unhas iguais a sua mãe, pois elas acham bonito e delicado, o que na verdade é mesmo. Pois desenhos em unhas deixam a mão com um toque mais feminino, dão um toque mais de vaidade e de cuidados, Mas as crianças também não podem fazer desenhos iguais aos das mulheres adultas e sim devem fazer um desenho menor, com cores claras e etc. Um desenho muito utilizado é da tão querida Hello Kitty, ou desenhos como golfinhos, flores, corações, desenhos que lembram personagens infantis e etc.





- Gabrielle Januzzi